Hobby Box, um espaço de utilidades múltiplas

Destinados a armazenar objetos poucos usados, que não cabem ou não têm espaço apropriado nos apartamentos, os hobby box podem ser de grande utilidade nos condomínios. Se se tratar de um imóvel na praia, por exemplo, o hobby box será útil para guardar cadeiras de praia e guarda-sol. Segundo Lucilia Ortega, engenharia da Construtora Hantei, […]

Hobby Box, um espaço de utilidades múltiplas

Destinados a armazenar objetos poucos usados, que não cabem ou não têm espaço apropriado nos apartamentos, os hobby box podem ser de grande utilidade nos condomínios. Se se tratar de um imóvel na praia, por exemplo, o hobby box será útil para guardar cadeiras de praia e guarda-sol.

Segundo Lucilia Ortega, engenharia da Construtora Hantei, normalmente os hobby box são espaços extremamente valorizados no momento da compra de um empreendimento. Feitos em alvenaria ou em modelos de madeira, possuem no mínimo 2 metros quadrados, mas não existe regra para a construção desses espaços. “O que consideramos sempre é o padrão de construção do empreendimento, mas esse espaço sempre agrega valor ao imóvel”, explica.

A arquiteta Larissa Duarte Prazeres Willrich explica que o tamanho pode variar um pouco de acordo com a necessidade de cada edifício, ou ainda, dos outros espaços que o condomínio oferece, e também do tamanho do próprio apartamento, já que em muitos casos o hobby box é usadocomo depósito para armazenar objetos de uso esporádico, como malas, caixas de ferramentas e outros itens quando não há espaço dentro das unidades. No entanto, como regra geral, materiais tóxicos, explosivos e inflamáveis nunca devem ser armazenados nesses espaços.

Útil

Com 170 unidades, o condomínio Villaggio di Capri possui hobby box para todos os apartamentos. Os espaços foram definidos pela construtora já na planta do edifício e instalados no andar térreo junto às garagens. “Lamentavelmente o espaço é pequeno, com aproximadamente um metro quadrado, mas mesmo assim é útil para os moradores guardarem seus pertences que no apartamento seriam um estorvo”, relata Luiz Frantz, síndico do condomínio.

Segundo Luiz, para adequar as necessidades individuais, cada morador mandou fazer no seu espaço uma prateleira a seu gosto. A mudança não foi padronizada por não interferir na estética externa. A porta é ventilada, com sistema de venezianas, o que causa entrada de poeira, e pequenos insetos, explica Luiz. Tulio Braz de Bem, síndico do Edifício Porto Príncipe, no Centro de Florianópolis, conta que o hobby box do condomínio fica junto às garagens de cada apartamento, mas devido a algumas vagas não comportarem o armário, foi disponibilizado um espaço à parte para todos os moradores.

Utensílios de praia

Já no condomínio Maria Amélia, em Balneário Camboriú, os hobby box são armários de alumínio e foram a solução encontrada para reduzir a sujeira causada pelas cadeiras de praia. Segundo o síndico Arnaldo de Souza Martins, ao voltar da praia os moradores lavavam suas cadeiras na parte externa, mas subiam molhando todo o edifício. “Tínhamos inclusive um funcionário só para limpar a água nas dependências do condomínio”, explica.

Para acabar com o problema, há seis anos Arnaldo propôs em assembleia a construção dos armários de alumínio para cada um dos apartamentos. Segundo ele, a ideia logo agradou a todos e foi levada adiante. Os espaços foram projetados com cerca de um metro quadrado e instalados anexos ao depósito externo e próximos ao local onde as cadeiras são lavadas. “Tínhamos espaço vago e uma necessidade. Assim todos gostaram da ideia e aproveitam bem os seus espaços. O custo foi razoável e cada um pagou a sua parte. Inclusive parcelamos para não ficar pesado”, relata o síndico.

Depósitos em Dia

Debaixo da escada, num canto da garagem ou em salas reservadas para servir de depósito do condomínio, se vê aquela bagunça que não deveria existir, gerada por tantos itens amontoados sem a mínima organização. Quais as soluções que os síndicos encontram para organizar os produtos de limpeza, restos de obra e equipamentos em tão pouco espaço? Para manter tudo em ordem, todo condomínio precisa de um local reservado para guardar itens como esses. Além disso, lida melhor com o depósito, o síndico ou o zelador que aprende a maneira correta de armazenamento para cada tipo de objeto.

E quanto maior é o condomínio, maior é a incidência de acumular “bagunça”. Quase uma minicidade, o Argus, localizado em Coqueiros, é considerado o segundo maior condomínio residencial de Santa Catarina, composto por 544 apartamentos distribuídos em 34 blocos. Se um morador sente dificuldade de organizar o seu único hobby box ou mesmo o porteiro ou zelador se perde no seu pequeno armário pessoal, dá para imaginar a complexidade de manter tudo bem arrumado no depósito de um condomínio do tamanho do Argus?

O síndico Laedio Silva explica que foi necessário criar um almoxarifado, com controle de estoque informatizado, para aproveitar bem o espaço sem se perder. “Não é uma sala muito grande, mas nela guardamos os produtos de limpeza do condomínio, as ferramentas, tinta, material elétrico, motores de reserva, materiais para reposição, tais como lâmpadas, entre outros itens”, enumera. O síndico conta que esse depósito funciona como um almoxarifado empresarial. “Quando alguma lâmpada queima, tiramos uma do depósito. Esta semana fiz compra de lâmpadas, porque chegamos ao estoque mínimo. Mesmo um condomínio pequeno não conseguiria manter tudo organizado sem ter uma área reservada para guardar os inúmeros itens”, diz.

Praticidade

No condomínio Residencial Metropolitan Park, localizado no Itacorubi, composto por 144 apartamentos – quatro vezes menor do que o grande Argus –, a existência de depósitos organizados também é imprescindível. Essa é a avaliação do síndico Albert Peres, que, através da experiência, realizou melhorias para favorecer a praticidade nos depósitos do condomínio. “Temos vários espaços para essa finalidade. Recentemente compramos estantes de madeira ventilada para organizar todo o material da área gourmet, os copos, talheres, pratos para reposição; e também o material de limpeza e piscina”, diz.

O zelador Dionei de Vargas sentiu a diferença para encontrar os itens. “Antes a bagunça ficava no chão e não cabia nada na sala. Eu tinha que ficar revirando caixas e muitas vezes o que eu queria estava embaixo de tudo. Agora está muito mais prático”, revela. A próxima meta do síndico Albert é trocar os armários dos funcionários. “As prateleiras deles são de ferro, enferrujaram, estão velhas; vamos reformar também”, diz. Nos condomínios de praia, a principal preocupação nos depósitos é com relação a prateleiras de ferro. No condomínio Gold Coast, em Canasvieiras, a síndica Rafaela Monteiro está realizando orçamentos para compra de armários. “Nosso espaço é pequeno, então precisamos de um material compacto. Encontrei estantes ventiladas feitas de aço revestido com vinil, que não enferrujam. Estamos estudando para ver se é viável”, explica.

A síndica alerta para a necessidade de organizar melhor os produtos de limpeza. “Esses químicos precisam ser guardados em local ventilado e não podem ficar expostos e acessíveis às crianças”, diz.

Fonte: CondomínioSC

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